Olá, tudo bem? O Real Estate Global é um mercado avaliado em $ 10,5 trilhões de dólares segundo a última pesquisa pública disponibilizada pela MSCI (NY/USA). Ainda seguindo a pesquisa, o mercado imobiliário cresceu em todas as principais economias do mundo, apenas 3 (de 33) países houve retração e o Brasil foi um deles.
É um mercado extremamente forte que abrange cerca de 56% da riqueza global e tem-se uma expectativa de que o setor cresça até 2027.
Construímos este artigo para ampliar um pouco mais a visão sobre o termo Real Estate e sair da ideia de que ele é dominado apenas pela "compra e venda", "locação" e principalmente só vinculado ao residencial. Ele é MUITO mais amplo que isso, então neste artigo vamos tratar os diversos aspectos, dê uma olhada:
- Real Estate ou Mercado imobiliário;
- Tipos e classificações;
- O Real Estate no Brasil;
- O futuro do mercado.
Tenha uma boa leitura.
Real Estate ou Mercado Imobiliário?
O termo "Real Estate" é a versão em inglês para "Propriedade Real" em tradução literal. Ele foi registrado pela primeira vez na década de 1960 para fazer referência a uma propriedade ou um terreno físico adquirido.
Aqui no Brasil nós não utilizamos o “Propriedade Real” no nosso dia a dia, mas é o mesmo que dizer “Imóveis” ou “Bens Imobiliários”. Já nos países de língua inglesa, o Real Estate também é utilizado para se referir ao mercado imobiliário.
Formado por corretores, clientes, investidores, negociação de terrenos, casas, apartamentos, prédios e outras construções, o Real Estate enquadra os diferentes tipos de imóveis em cinco categorias: residencial; comercial; industrial; propósito especial; e terrenos. Veja nosso infográfico:
Os principais tipos de Real Estate
Residencial
Imóveis residenciais incluem qualquer propriedade que as pessoas chamam de lar. Isso inclui casas, apartamentos, condomínios, cooperativas ou qualquer outro tipo de residência. Refere-se também a novas construções e à revenda de casas já existentes.
Comercial
Imóveis comerciais se aplicam a qualquer propriedade usada para fins comerciais, como lojas de varejo, escritórios, restaurantes, shopping centers, hospitais, entre outros. Prédios de apartamentos também se enquadram nessa categoria no sentido de que geram renda comercial para seus proprietários.
Industrial
Os imóveis industriais incluem fábricas, minas, campos de petróleo, usinas de energia, armazéns ou qualquer outra propriedade usada para pesquisar, desenvolver, fabricar, produzir, armazenar ou distribuir bens e serviços.
Propósito especial
Imóveis e propriedades usadas pelo setor público. São propriedades do governo, como prédios federais ou municipais, parques e escolas públicas, cemitérios e outros espaços públicos.
Terra
Quando se trata do imóveis do tipo "terra", refere-se a uma ampla faixa de propriedade vazia, incluindo terrenos baldios, florestas ou qualquer terra usada para fins agrícolas, como fazendas, pastagens, terrenos vagos podem ser considerados imóveis desenvolvidos ou não desenvolvidos.
O Real Estate no Brasil
No Brasil, o processo de distribuição e negociação de propriedades imobiliárias se iniciou em 1530, de maneira informal, desigual e concentradora.
Somente após a Proclamação da República em 1889, deu-se início ao crescimento imobiliário brasileiro, mas com muitas limitações ainda. Podemos dizer que o mercado imobiliário como setor organizado na economia brasileira começou apenas em 1964.
Atualmente, o Real Estate brasileiro é um mercado que já representa cerca de 7% do PIB nacional, com dezenas de atividades econômicas em andamento e amplas categorias - de construção civil até a gestão imobiliária corporativa - sendo a mais forte a Residencial.
Mesmo com a expansão global do Real Estate diante da pandemia do COVID-19, o Brasil teve uma queda de -13,1% em tamanho de mercado de 2019 para 2020. Isso trouxe a tona uma grande tendência para 2021 - que se estende a 2022 - que é a busca dos investidores por retorno em todas as categorias de Real Estate.
E, ainda assim, investir nesse mercado buscando um aumento no fluxo de dinheiro investido em um mundo pós-pandemia vai exigir algumas mudanças. As restrições, como a quarentena acelerou, uma mudança cultural que já estava em andamento no varejo e nos escritórios corporativos. As empresas em todo o mundo perceberam que muitos trabalhos podem ser feitos remotamente sem perda acentuada de produtividade. E isso, no mercado imobiliário, leva a ascensão de uma força de trabalho mais flexível, que pode se traduzir em contratos de aluguel mais curtos e áreas menos ocupadas.
Além disso, a quarentena forçada teve implicações na receita de aluguel, que está sob pressão devido aos problemas financeiros dos inquilinos. No longo prazo, a incerteza sobre os fluxos de renda de aluguel pode afetar a capacidade dos proprietários de imóveis expandir sua carteira imobiliária.
A lista de desafios do mercado não para por aí e inclui o risco climático. Os governos continuam a implementar regulamentações para reduzir as emissões de carbono e cumprir as metas globais, o que provavelmente aumentará a pressão sobre os proprietários para que façam sua parte. Afinal, o setor imobiliário contribui com cerca de 30% das emissões de gases de efeito estufa, de acordo com a Agência Internacional de Energia, metade dos quais vem de propriedades comerciais.
Voltando ao mercado Brasileiro, ainda há o desafio em relação à transparência do mercado. Como dito no início deste tópico, a regulação e organização do mercado imobiliário é muito recente e um dos problemas identificados pela MSCI foi a transparência de dados das propriedades e imóveis.
Nosso mercado é estimado em $ 45 bilhões de dólares e, ainda assim, não é possível ter uma base de dados consistente e regulações claras por região, o que dificultam, por exemplo, estimar com precisão os principais fluxos de investimento nas categorias imobiliárias.
Mesmo assim, com a volta da confiança no mercado e expectativa de crescimento do Real Estate Global até 2027, esperamos que o Brasil acompanhe o resto do mundo na crescente.
O futuro do Real Estate
Than Merrill, investidor imobiliário e CEO da Fortune Builders, que investe há mais de 15 anos. Quando perguntado sobre para onde ele observa o setor imobiliário se encaminhando, sua principal resposta apontou diretamente para a tecnologia.
“Em particular, o surgimento e a crescente popularidade de criptomoedas e blockchain afetarão muito os tempos de transação”, disse Merrill em entrevista ao Disruptor Daily. Ele acrescentou que, com maior acesso a essas redes, compradores e vendedores trabalharão mais rápido do que nunca.
A inteligência artificial também deve ser fator importante para o setor imobiliário, principalmente na organização, design, gerenciamento e planejamento de construções. Além de um mercado imobiliário mais tecnológico, espera-se consumidores mais tecnológicos, fato esse que já está sendo notado. Em 2020, por exemplo, 44% dos novos proprietários buscaram os imóveis online primeiro e 12% usaram a internet para encontrar informações sobre o processo de compra.
Espera-se que o mercado imobiliário continue avançando com as novas tecnologias nos próximos anos. Facilitando a compra e venda virtual de documentos através de aplicativos de assinatura eletrônica e autenticação on-line remota, tornando as transações cada vez mais rápidas. Mostrando que o futuro do Real Estate é descomplicado, ágil e lucrativo.